Em 1897, Juvenal Galeno dita à sua filha Henriqueta os seus versos de “Medicina Caseira”, livro somente impresso em 1969, no cinquentenário de fundação da Casa de Juvenal Galeno.
Continuou a produzir ditando poemas para sua filha, Henriqueta Galeno que o assistiu, juntamente com sua esposa, até o fim da vida. Uma de suas imagens mais conhecidas retratou esse momento: no salão de sua residência, sentado em uma rede de varandas bordadas, as barbas alvas e longas, o olhar perdido, e a filha ao lado, sentada em uma cadeira, a tomar nota dos últimos versos ditados pelo grande bardo.
Desde 1916, a residência do poeta era frequentada por intelectuais como Alfredo Castro, Cruz Filho, Leonardo Mota, Mário Linhares, Antônio Furtado, Irineu Filho, Antônio Sales, José Albano, Beni Carvalho, Papi Júnior, Sales Campos, José Sombra, entre outros.
Juvenal Galeno faleceu de uremia em 7 de março de 1931, aos noventa e cinco anos de idade, deixando como herança para Fortaleza uma volumosa e valiosa produção literária, a democracia de seus Salões, a riqueza de sua biblioteca e a Casa onde residem a memória e a tradição da cultura cearense.