sábado, 22 de junho de 2013

Prova Divanira Vieira FDR_ UANE UECE- 22-06- 2013

COMPROVANTE DE PROVA
CURSISTA:
MATRÍCULA:
CPF:
NOTA:
GABARITO/PROVA:BDCCDAACAAABDAAAABBC
GABARITO/CURSISTA:BDCCDABCACABDACAACBC
CERTIFICADO DE EXTENSÃO
Parabéns, você foi aprovado(a), e tem direito ao CERTIFICADO DE EXTENSÃO constando carga horária de 120h/a, nota e ementa, emitido pela Fundação Demócrito Rocha/Universidade Aberta do Nordeste em parceria com a Universidade Estadual do Ceará.
O prazo para o início da entrega do certificado é de até quatro meses após o último dia de prova.
Quando o certificado estiver disponível, informaremos através do site e também através de e-mail.
A 1ª via do certificado é gratuita.
ATENÇÃO: imprima o seu comprovante de prova!
 

 
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Prova FDR UANE 22-06-2013

OMPROVANTE DE PROVA
CURSISTA:
MATRÍCULA:
CPF:
NOTA:
GABARITO/PROVA:BDCCDAACAAABDAAAABBC
GABARITO/CURSISTA:BDCCDABCACABDACAACBC
CERTIFICADO DE EXTENSÃO
Parabéns, você foi aprovado(a), e tem direito ao CERTIFICADO DE EXTENSÃO constando carga horária de 120h/a, nota e ementa, emitido pela Fundação Demócrito Rocha/Universidade Aberta do Nordeste em parceria com a Universidade Estadual do Ceará.
O prazo para o início da entrega do certificado é de até quatro meses após o último dia de prova.
Quando o certificado estiver disponível, informaremos através do site e também através de e-mail.
A 1ª via do certificado é gratuita.
ATENÇÃO: imprima o seu comprovante de prova!
 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Amore

Accarezzami,
come il vento sulle labbra
come l'amore,sul cuore
come il sole
sulla terra al mattino
come una mano sulla fronte
accarezzami
in ogni momento
in un volo di poesie e parole
accarezzami mentre ti sussurro
TI AVRò
mentre guardo l'orizzonte
mentre porto via ogni tuo pensiero
mentre strappo pagine ad un libro
lo faccio per te
tu accarezzami
mentre bevi tutto di me
mentre
tu fai l'amore con me
accarezzami
nemoƸ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒoceano.lontanoƸ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ


Amore

Accarezzami,
come il vento sulle labbra
come l'amore,sul cuore
come il sole
sulla terra al mattino
come una mano sulla fronte
accarezzami
in ogni momento
in un volo di poesie e parole
accarezzami mentre ti sussurro
TI AVRò
mentre guardo l'orizzonte
mentre porto via ogni tuo pensiero
mentre strappo pagine ad un libro
lo faccio per te
tu accarezzami
mentre bevi tutto di me
mentre
tu fai l'amore con me
accarezzami
nemoƸ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒoceano.lontanoƸ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ


Museo del Escritor - Ppor Divanira Vieira

Saramago

Meseo Del Escritor

27

Pablo Neruda

2

Museo Del Escritor

Dá-me tuas mãos


Sin Tí- P. Neruda

Sed de ti

Sed de ti me acosa en las noches hambrientas.
Trémula mano roja que hasta su vida se alza.
Ebria de sed, loca sed, sed de selva en sequía.
Sed de metal ardiendo, sed de raíces ávidas......

Por eso eres la sed y lo que ha de saciarla.
Cómo poder no amarte si he de amarte por eso.
Si ésa es la amarra cómo poder cortarla, cómo.
... Cómo si hasta mis huesos tienen sed de tus huesos.
Sed de ti, guirnalda atroz y dulce.
Sed de ti que en las noches me muerde como un perro.
Los ojos tienen sed, para qué están tus ojos.

La boca tiene sed, para qué están tus besos.
El alma está incendiada de estas brasas que te aman.
El cuerpo incendio vivo que ha de quemar tu cuerpo.
De sed. Sed infinita. Sed que busca tu sed.
Y en ella se aniquila como el agua en el fuego.

PABLO NERUDA | Chile

quarta-feira, 19 de junho de 2013

JUVENAL GALENO - ARTE EM VERSOS- Divanira Vieira-2013


PROJETO- J. Galeno- Arte em Versos-Divanira Vieira

PROJETO

TÍTULO
Juvenal Galeno
ARTE EM  VERSOS

APRESENTAÇÃO

Fomentar  e  difundir  a Arte  e o Legado do Poeta JUVENAL
GALENO, em  palestras, declamações de  Poesias, informações literárias, nas  Escolas, Casas  Culturais  e Espaços destinados à
Cultura  e  segmentos. Levar  conhecimentos  sobre a  Casa Cultural do  Poeta , berço cultural  das  artes ao Público  interessado  no  âmbito  Cultural.

JUSTIFICATIVA

Valorizar  nossos  talentos  Cearenses,  despertando  e  estimulando  o  gosto  pela Arte e 
sensibilidade poética Social  e Regional do Poeta Visionário  J. Galeno no  âmbito Educacional  e Pedagógico.
Objetivo  Geral  e  Específico
Conscientizar a  Sociedade,  sobre  a  relevância  do  Legado Cultural   do Poeta, como  também importância  da Casa Cultural
Fundada por sua Filha a Dra. Henriqueta Galeno, Centro de Referência e encontro  de  intelectuais,  Escritores, Artistas, Estudantes e  todos  aqueles que valorizam  e admiram  seus  valores
e Contextos  de  Época  de   outrora.

METODOLOGIA:

Palestras, apresentações  e relatos  históricos em  documentários

Em show  multimídia, Visitas à  Casa Cultural, visando a Identidade
Histórico-Cultural, divulgando  na  Mídia  falada, escrita,  televisiva,
Apresentações de DVDS, Fotos de Época, o  Acervo na  Biblioteca
E seu riquíssimo  Legado  Histórico registrados  em  seus  Livros Diversos  expostos na  Biblioteca Mozar Monteiro.

CONCLUSÃO;

Esclarecer  e  divulgar  com   informações  Objetivas, a Cultura, a
Poesia  e Patrimônio  Histórico  e  seus  aspectos  fundamentais 
presentes em  nossa  sensibilidade  e desenvolvimento  do  Pensamento  crítico Sócio-Cultural  e conscientização da Educação
Fator  Primordial  para  uma  Vida  em Sociedade.

Fortaleza, 12  de  Maio de  2013-
Antonia  Divanira  Vieira;  
Blog; http://www.divaniradamadacultura.blogspot.com

http://www.recantodasletras.com.br/autores/damadacultura
compartilha  no  facebbok- Divanira Diva Vieira
 



PROJETO JUVENAL GALENO ARTE EM VERSOS-2013 Divanira Vieira


JUVENAL GALENO - 2013- ARTE EM VERSOS -Divanira

Neto de Albano da Costa dos Anjos e do português Manuel José Theóphilo, Juvenal Galeno da Costa e Silva nasceu em Fortaleza, a 27 de setembro de 1838 , em uma residência na Rua Formosa, nº 66 (hoje Barão do Rio Branco). Filho de José Antônio da Costa e Silva e Maria do Carmo Teófilo e Silva, abastados agricultores cafeeiros na encosta da Serra de Aratanha em Pacatuba. Primo pelo lado paterno de Capistrano de Abreu e Clóvis Beviláqua e pelo lado materno de Rodolfo Teófilo. Ainda pequeno se mudou com a família para o Sítio Boa Vista, recanto aconchegante que lhe embalou os sonhos de criança. O tempo foi passando e o menino Juvenal trazia a seiva da imensurável ramificação cultural. Seus estudos primários ele os fez numa escola de Pacatuba. Aos treze anos de idade, já com noções de latim ministradas pelo padre Nogueira Braveza, mal havendo despertado para a adolescência, fundou e fez circular o primeiro jornal puramente literário no Ceará, o “SEMPRE VIVA”, destinado ao sexo feminino. O jornal teve efêmera existência, porque vivia ainda sob a tutela dos pais, não tinha condições de dar continuidade a esse empreendimento. Na infância, acompanhou o tio, Dr. Marcos Theóphilo, médico, pai de Rodolfo Theóphilo, à cidade de Aracati, onde frequentou uma escola pública ministrada por Porfírio Sabóia. Voltando de Aracati em 1853 , matriculou-se no Liceu do Ceará onde cursou Humanidades até 1855 .
Em 1853, fundou e fez circular o primeiro jornal da imprensa estudantil no Ceará, o jornal “Mocidade Cearense”, também de efêmera existência, em virtude, da transferência de seu sócio e colega Joaquim Catunda para o Rio de Janeiro.
Após o Curso, foi para o Sitio Boa Vista ajudar o pai na administração das atividades agrícolas, principalmente na cultura cafeeira, numa época em que o café assumia expressiva importância na economia cearense. Com o intuito de aperfeiçoá-lo em assuntos agrícolas, seu pai mandou-o para o Rio de Janeiro em busca de adquirir maior conhecimento nas técnicas do plantio do café. Levava consigo uma carta de recomendação de Rufino José de Almeida apresentando-o a Francisco Paula Brito, proprietário da Marmota Fluminense. Ali Juvenal Galeno travou relações de amizade com Machado de Assis, Saldanha Marinho, Joaquim Manoel de Macêdo, Quintino Bocaiúva e outros.
Seduzido pelo convívio das letras, passou, a partir de então, a escrever poesias e a publicá-las na Marmota Fluminense ao lado de Machado de Assis e outros escritores. Demorou no Rio pouco mais de um ano, mas antes de seu regresso ao Ceará reuniu tais produções, editando-as em 1856, sob o título de "PRELÚDIOS POÉTICOS".
De volta ao Ceará, Juvenal Galeno trouxe dois exemplares de “Prelúdios Poéticos”, ricamente encadernados com sua fotografia, que ofereceu a seus pais. “Prelúdios Poéticos” livro de estreia de Juvenal Galeno, editado em 1856, foi o primeiro livro da literatura cearense, tornando-se o marco inicial do Romantismo no Ceará, como afirmaram Mario Linhares, na sua “Historia da Literatura”, Antônio Sales e outros.
A partir de então sua existência passou a transcorrer entre o Sítio Boa Vista, na Serra de Aratanha, e a cidade de Fortaleza. Ainda por esse tempo ingressou como alferes nos quadros da Guarda Nacional, como também no Partido Liberal , em cujo jornal passou a colaborar. Em 1858 foi eleito Suplente de Deputado Provincial pelo círculo de Icó, onde defendeu um projeto para criação de uma escola prática de agricultura. Em 1859, desembarcava em Fortaleza, trazida a bordo do Tocantins, a célebre Comissão Cientifica de Exploração, dirigida por Freire Alemão, composta por doze pessoas, entre as quais se destacavam Raja Gabaglia, Capanema e o poeta Gonçalves Dias, que chefiava a Seção Etnográfica e Narrativa da Missão. De Fortaleza rumaram para Pacatuba ficando hospedados na casa dos pais de Juvenal Galeno. Ali na serra e na capital cearense, Juvenal teve como amigo e conselheiro, Gonçalves Dias, que lhe estimulou os pendores literários, aliás, já manifestados nas poesias “A Noite de São João”, “A Canção do Jangadeiro”, “Cantiga do Violeiro” e outras mais do livro “Prelúdios Poéticos”. Gonçalves Dias, estabelecendo conversação com o poeta Juvenal Galeno, convidou-o para participar de um banquete com todos os membros da Comissão Cientifica de Exploração, do Senador Tomás Pompeu e de Silva Coutinho em Fortaleza. Juvenal Galeno atendeu de pronto ao convite do amigo, e em função do evento, deixou de comparecer à uma revista do Batalhão da Reserva do Exército a que pertencia. Isto irritou o Comandante da Guarda Nacional de Fortaleza, João Antônio Machado, que em seguida determinou o recolhimento do subalterno à prisão. A penalidade lançada a Juvenal Galeno trouxe como resultado a confecção de um livro severíssimo e duro contra o tal Machado e, esse trabalho ele publicou num volume, o qual deu o título de “A MACHADADA”, aproveitando o simbolismo do sobrenome de João Antônio Machado. Esse livro foi a primeira obra literária impressa no Ceará.
Em 1861, Juvenal Galeno aparece em público como teatrólogo. É levada à cena, pela primeira vez, no Teatro Taliense, 3 de novembro de 1861, a comédia de sua autoria intitulada “ QUEM COM FERRO FERE COM FERRO SERÁ FERIDO”. Esse drama sociológico foi a primeira peça teatral produzida e encenada no Ceará. Nesse mesmo ano presenteou o público com o poemeto indianista denominado “A PORANGABA” (descrição em versos de uma lenda que Juvenal Galeno disse ter ouvido de um velho caboclo que escutara dos seus pais, e estes a seus maiores). A poesia de Juvenal Galeno reflete toda a psicologia da alma da gente humilde, digo da alma da população do nordeste em todas as modalidades do seu sentir, nos seus lances heroicos, infelizes ou gloriosos. Os sentimentos, os anseios dessa gente toda, da serra, praias e sertões, ele os gravou indelevelmente em seus versos. Em 1865, no prólogo de “LENDAS E CANÇÕES POPULARES” (obra-prima de Juvenal Galeno que foi ovacionado por Machado de Assis e outros renomados escritores, o que atesta o valor nacional do vate montanhês), ele declarou: “ Escrevi este livro acompanhando o povo no trabalho, no lar, na política, na vida particular e pública, na praia, na montanha e no sertão, onde ouvi os seus cantos e os reproduzi, ampliei sem desprezar a frase singela, a palavra de seu dialeto, a sua metrificação e até o seu próprio verso”. Franklin Távora considerou-o não só como uma obra de arte em que se revelou o gênio do poeta, mas como documentário precioso devendo ser detidamente estudado, podendo se constituir um guieiro para a indagação e pesquisa dos usos, costumes e tradições populares. O amor e a dedicação de Juvenal às Letras eram tais, que só aceitava empregos no setor intelectual. Desempenhou as funções de Inspetor Escolar, numa época em que os transportes eram difíceis, penosos. Só havia acesso a certos lugares por meio de animais, fazendo-se o percurso de léguas, debaixo de uma soalheira causticante de uma escola para outra, tal a distância em que ficavam localizadas. Estradas inteiramente desertas. Contudo ele trabalhava com prazer e não sentia fadigas, gostava do convívio das crianças, orientava as professoras e tanto se fez a esse meio que chegou a compor singelas e tocantes “CANÇÕES DA ESCOLA”, que foram impressas e distribuídas nas escolas para serem cantadas. Esse livro que se esgotou em poucos dias, consagrou-o, também, como "Poeta da Juventude". Essa obra foi adotada pelo Conselho de Instrução Pública do Ceará para uso das aulas primárias.
Nessa sua tarefa de Inspetor da Instrução Pública, ele se hospedava sempre em casa do velho pescador João Gomes, homem humilde, casado e com vários filhos, residente em Freixeiras. Numa destas ocasiões, Juvenal ouviu a narração dos sofrimentos que assaltaram inopinadamente o pescador e sua mulher, devidos à perseguição cruel de um potentado que, por vingança, aprisionara para o recrutamento militar o seu genro querido, deixando ao desamparo e na maior dor a esposa e o filho recém-nascido. Indignado, Juvenal tomou a si, com o entusiasmo que sentia na defesa das causas justas, retirar Vicente do recrutamento. Jurou que o conseguiria, afirmou destemido ao velho pescador que livraria seu genro e retornou logo a Fortaleza para não perder tempo. Escreveu então a seu cunhado e amigo Dr. José Gonçalves da Justa, que ocupava importante cargo no Rio de Janeiro, pedindo-lhe a liberdade de Vicente como o maior favor que lhe poderia prestar. O poeta era queridíssimo de toda família e seu cunhado conseguiu satisfazer-lhe o pedido. Inspirado nessa verdadeira e altamente comovedora cena da vida real, escreveu ele o conto intitulado “AMOR DO CÉU” enfeixado no seu livro “CENAS POPULARES “ editado em 1891.
Sobre “Cenas Populares” disse José de Alencar: “ livro tão original ainda não se escreveu entre nós”. Ao invés do verso, o autor preferiu a prosa em que descreve lugares, pessoas, costumes típicos de sumo interesse para o folclore em alguns contos singelos: “Os pescadores”, “Dia de feira”, “Folhas secas”, “Noite de núpcias”, etc. Esse livro foi o primeiro livro de conto publicado no Ceará.
Juvenal Galeno montou uma tipografia expressamente para impressão de “LIRA CEARENSE”, livro impresso em fascículos e distribuídos aos domingos em formato de jornal, com o mesmo título, Lira Cearense, com seu primeiro número circulando a 7 de janeiro de 1872. Fascículos depois reunidos em um volume, dividido em três partes: Lira Popular, Lira Americana e Lira Íntima.
Foi nomeado em 19 de maio de 1876 terceiro suplente do Juiz Municipal de Pacatuba. Naquele ano casou-se com sua vizinha Dona Maria do Carmo Cabral , filha do Comendador Cabral de Melo. Depois de alguns anos, Juvenal e sua esposa querendo proporcionar uma melhor educação para os três filhos: José, Antônio e Maria do Carmo, deixam o sítio e vão morar num sobrado da Vila de Pacatuba. Até 1886, o seu domicílio seria a Vila de Pacatuba, em cujas ruas mantinha um estabelecimento de lojista. Em 1887 fixa residência em Fortaleza, na Rua General Sampaio 1128, ali nascendo João, Henriqueta e Júlia. Em 1887 quando da fundação a 4 de março do Instituto do Ceará, foi considerado Sócio Fundador daquela entidade. Dois anos depois, em 1889 foi nomeado pelo presidente da Província de Fortaleza, Caio Prado, para a função de Diretor da Biblioteca Pública, então localizada na Rua Sena Madureira, cargo que ocupou por longos dezenove anos. Nesta função divertia-se em policiar a leitura dos estudantes tirando-lhes das mãos as obras de Júlio Verne substituindo-as pela História de um Bocadinho de Pão. Juvenal Galeno costumava dizer, amava aquela repartição como se fosse um de seus próprios filhos.
O Conde D”Eu quando por aqui passou antes da inauguração do regime republicano, comparecendo à recepção que lhe foi oferecida, em palácio, pelo presidente da Província, foi apresentado ao nosso poeta. E para espanto da altas figuras ali presentes, o genro do imperador em voz alta, recitou, naturalmente querendo dar provas de que já conhecia muitas de suas poesias, algumas estrofes de “O Filho do Vaqueiro”. Juvenal por algum tempo escreveu no Jornal “A CONSTITUIÇÃO”, um dos mais lidos no século XIX, em Fortaleza. Suas crônicas eram verdadeiras caricaturas dos costumes então em uso, e assim, ora em versos tersos e vibrantes, ora em prosa causticante, ele combatia a torto e direito os vícios e abusos daquela época. Acastelhava-se por identificar o autor, e “A CONSTITUIÇÃO” aumentava a tiragem, esgotando-se, tal era a procura. O poeta mostrou-se, nesse gênero, de uma verve admirável, e ora enérgico e destemido, ora trocista e brincalhão, ia fazendo cócegas e irritando aqueles em cuja cabeça a carapuça tão bem se ajustava. SILVANUS, com sua verve inesgotável, marcou um acontecimento no mundo social, e ele soube se haver com tal inteligência e habilidade, que não feriu diretamente a este ou aquele. E o sucesso foi tamanho que, quando o poeta deu por finda a sua publicidade, recebeu pedidos insistentes para enfeixar em livros aquelas produções. A princípio não quis fazê-lo, mas acabou cedendo, e eis, erecto e altivo o “FOLHETINS DE SILVANUS”, editado e descoberto em 1891 para gáudio de seus numerosos leitores. “Folhetins de Silvanus” é uma fina sátira dos costumes, hábitos, fielmente observados e descritos com um humorismo encantador. A maior parte do livro foi escrita em verso, em que estigmatizava o luxo, o pedantismo provinciano, a falsa ciência dos diletantes, em plena Fortaleza do século XIX. Aos setenta e três anos de idade, atacado de glaucoma, aposentou-se do serviço público, já irremediavelmente cego, isso em 1908, passando a viver da aposentadoria, dos rendimentos próprios auferidos não só da produção de seu sítio como dos aluguéis de suas vinte casas. Em 1897, Juvenal Galeno dita à sua filha Henriqueta os seus versos de “Medicina Caseira”, livro somente impresso em 1969, no cinquentenário de fundação da Casa de Juvenal Galeno.
Continuou a produzir ditando poemas para sua filha, Henriqueta Galeno que o assistiu, juntamente com sua esposa, até o fim da vida. Uma de suas imagens mais conhecidas retratou esse momento: no salão de sua residência, sentado em uma rede de varandas bordadas, as barbas alvas e longas, o olhar perdido, e a filha ao lado, sentada em uma cadeira, a tomar nota dos últimos versos ditados pelo grande bardo.
Desde 1916, a residência do poeta era frequentada por intelectuais como Alfredo Castro, Cruz Filho, Leonardo Mota, Mário Linhares, Antônio Furtado, Irineu Filho, Antônio Sales, José Albano, Beni Carvalho, Papi Júnior, Sales Campos, José Sombra, entre outros. Atribui-se às irmãs Júlia e Henriqueta Galeno a idéia de reunir o escol das letras cearenses, nos moldes dos salões literários franceses. Por iniciativa delas, a Casa se constituiu um palco de recitais, palestras, conferências, números de canto, audições ao piano, concertos de violões e danças. Tais eventos se realizavam a propósito de qualquer ocasião: despedidas, homenagens, aniversário de membros do círculo, lançamento de livros e recepção a visitantes ou intelectuais que tornavam à capital cearense, depois de longa ausência. Tudo era motivo para as sessões literárias que se realizavam na Casa de Juvenal Galeno, em presença do velho poeta, que não tomava parte nas apresentações, mas, segundo apontavam, fazia questão de ouvi-las. Juvenal Galeno faleceu de uremia em 7 de março de 1931, aos noventa e cinco anos de idade, deixando como herança para Fortaleza uma volumosa e valiosa produção literária, a democracia de seus Salões, a riqueza de sua biblioteca e a Casa onde residem a memória e a tradição da cultura cearense.
Nesse espaço cultural foi criado em 1969 o Clube dos Poetas Cearenses pelo poeta Antônio Carneiro Portela – agremiação de jovens sonhadores que se reuniam aos sábados. Foi ali que diversos jovens – com talento para as letras – iniciaram, e hoje figuram na lista dos principais autores da literatura cearense. Dentre os jovens idealistas que frequentavam a Casa, destacam-se – Carneiro Portela, Márcio Catunda, Vicente Freitas, Guaracy Rodrigues, Mário Gomes, Stênio Freitas, Aluísio Gurgel do Amaral Júnior., Costa Senna, entre outros. A escritora Nenzinha Galeno, neta do ilustre poeta Juvenal Galeno, era uma das maiores incentivadores desse movimento sociocultural.

Textos de Antonio Miranda


TEXTOS DE ANTONIO MIRANDA
Algunas de las obras de Antonio Miranda han sido escritas en /o traducidas al español por el autor y por sus amigos, desde sus andanzas por Latinoamerica a partir de 1962. A seguir destacamos los textos en español de la página para mejor orientar a los lectores iberoamericanos.

Obras Publicadas:

Poemas de Antonio Miranda escritos o traducidos al Español con ilustraciones de artistas latinoamericanos.


Artículos de Antonio Miranda en castellano:


Comentários Críticos:



Otros textos:


Poesía Africana


Poesia africana produzida antes e depois da Independência das antigas colônias portuguesas e de poetas africanos que migraram para Portugal e Brasil é o que pretendemos incluir na presente seção, com a colaboração de especialistas. Poesia combativa, telúrica e/ou universal na língua comum que nos une, em culturas que se interpenetram e que requerem nossa atenção permanente.
Angola
» CABO VERDE

GUINÉ-BISSAU
» MOÇAMBIQUE
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE



Continentes

A razão de ser desta seção é a de aproximar o público brasileiro da poesia atual praticada nos países ibero-americanos. Para los efectos, solamente vamos a incluir textos en las lenguas castellana y portuguesa, simultáneamente.

Enviar libros para: PÁGINA A.M. Caixa Postal 4548 – cep 70904-970 – BRASÍLIA, DF. – BRASIL, para selección y traducción .  Por e-mail: cmiranda@unb.br

AMÉRICA DO SUL / SUDAMÉRICA
Argentina
Bolivía
Brasil 

Chile 
Colombia
Ecuador
Paraguay
PerúUruguay 
Venezuela
AMÉRICA CENTRAL E/ Y CARIBE
Costa Rica
Cuba
El Salvador
 
Guatemala
Haiti
Honduras
Nicaragua
Panamá

Puerto Rico 

República Dominicana
AMÉRICA DO / DEL NORTE
Canadá
Estados Unidos da América

México
EUROPA
ÁFRICA
Ásia
Macau
Timor

Filgueiras Lima- Divanira Vieira


FILGUEIRAS LIMA

FILGUEIRAS LIMA
 (1909-1965)


Antônio Filgueiras Lima, poeta e advigado, nasceu a 21 de maio de 1909, em Lavras da Mangabeira, Ceará. Em dezembro de 1933 colou grau de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito do Estado do Ceará.

Ocupava na Academia Cearense de Letras a cadeira nº 21, fundada por Antônio Sales, a quem sucedeu, e de que é Patrono José de Alencar.

Faleceu na madrugada do dia 28 de Setembro de 1965.



SÍMBOLO DO FIM

Hão de viver-me sempre, na memória,
este crepúsculo e esta despedida.
A beleza da tarde é merencória...
A luz do teu olhar é dolorida...

O sol, num instante último de glória,
beija as rosas vermelhas da avenida.
E morre, entre suspiros, esta história,
que era todo o esplendor da nossa vida!

Tua trêmula voz, dói-me escutá-la.
Na tarde passa uma andorinha leve,
sozinha e triste, pelo céu de opala.

- Adeus, adeus! respondes-me chorando.
Vai-se a felicidade, que foi breve,
como a andorinha que fugiu do bando...


POEMA DA DISTÂNCIA

                 A Stênio Gomes

No coração do espaço
a noite acordou, com a sua mão de sombra,
as notas de ouro das estrelas.
E a imponderável música dos astros
veio descendo,
por uma escada trêmula de luz,
até o chão colorido do jardim.
Todas as rosas cantaram
pela voz ignota dos perfumes...

Foi aqui - eu me recordo ainda! -
que, numa noite assim,
à música sonâmbula das estrelas
recebi tuas últimas carícias!
Na penumbra
              o repuxo, tristíssimo, chorava...
Depois
a poeira violácea da saudade
escreveu, entre nós, o poema da distância...


A CIGARRA E A FORMIGA

Passada a quadra invernosa,
de sofrimento e expiação,
a cigarra desditosa
vai gozar outro verão.

O ouro do sol espadana
pelos vales e campinas.
Toda a terra se engalana
de fulgurâncias divinas.

Que alegria, que algazarra,
aos resplendores do dia!
É que, de novo, a cigarra
fretine, canta, zizia. . .

A burguesa da formiga
vê então que a sorte é vária
Tem inveja da cantiga
da cigarra proletária.

Quem lhe dera aquele canto,
que todo mundo aprecia,
para encher o seu recanto
de música e de alegria!

E, à porta do formigueiro,
onde a fartura se abriga,
ela, passa o dia inteiro
bebendo aquela cantiga. . .

Fala à cigarra - a formiga,
que de vergonha se cobre:
- De nós duas, minha amiga,
eu sou, decerto, a mais pobre.

De que me serve o celeiro
em tempos fartos e bons?
Você, se não tem dinheiro,
é milionária de sons!

E eu negar - oh! que tristeza!
um simples naco de pão
a quem possui a beleza
sonora deste verão.

Que inveja ao vê-la, taful,
cantando, pelo arrebol,
na glória do céu azul,
dentro de um raio de sol!

A cigarra não responde
à vil formiga vulgar.
Porém, no verde da fronde,
põe-se, mais alto, a cantar!


RELÓGIO

Bates, de hora em hora,
e ouço no teu bater alguém que chora.
É o tempo que soluça em tuas cordas,
diante das horas que passam,
sinuosas, trêfegas, volúveis,
deixando um beijo em cada curva
e uma saudade em cada beijo...

Elas dançam
o bailado da ilusão:
rápidas chegam
e, rápidas, se vão,
como sombras que apenas deixam
outras sombras em nosso coração...

Quando te escuto,
ó meu velho relógio de parede,
conta-gotas de horas convencionais,
lamento a tua faina inglória e vã,
porque - bem sei - não poderás jamais,
embora andando e pelejando assim,
medir as horas infinitas
do Tempo que não tem fim.


A ENCHENTE

Era a casa de tijolo, à beira do rio,
a melhor do lugar.

               Na noite preta como o cão
               as águas do rio incharam,
                     cresceram,
                     inundaram tudo
               e continuaram inchando
                     e crescendo sem parar...

A casa ficou perdida no meio do rio
como um navio no alto-mar.
Pequeninas e pálidas estrelas
cobriram o rosto com o lenço das nuvens,
                 com medo de olhar...

               - Eh! canoeiro! socorro!
               - Se a enchente continuar como vai,
               daqui para o dia amanhecer
               a casa cai!

E a voz aflita e lúgubre gemia
no silêncio da noite de agonia.

               - Socorro, canoeiro!
               - Só a canoa "lracema"
               Poderá atravessar.
               Uma canoa pequena
               ainda é pior: pode virar.

...............................................
               - Socorro, canoeiro,
               - Eh! canoeiro, socorro, socorro!

Chuá. . . chuá. . . chuá...
Os remos atassalham o dorso do rio,
e a canoa, que ginga e se embalança,
rasga as águas,
corta o vento,
rompe a treva,
fura a noite
- e avança!

               Da casa que o rio sitiou
               parte um grito de alegria que vale um poema!
                     - É a canoa "lracema"!
                     - É a canoa "lracema"!

- Afinal, estamos salvos,
por causa de nossa fé.
Viva Nosso Senhor Jesus Cristo!
E viva Nossa Senhora,
Santa Bárbara, São Jerônimo,
São Francisco de Canindé!

               Agora, de volta à terra,
               conduzindo os que salvou da enchente,
               a canoa, que ginga e se embalança,
                     corta o vento,
                     rasga as águas,
                     rompe a treva,
                     fura a noite
                     - e avança!
                     E avança!


Página publicada em dezembro de 2008